Atualizações no Tratamento da Paralisia Facial Periférica (2024)








Atualizações no Tratamento da Paralisia Facial Periférica (2024)

A paralisia facial periférica, 

 conhecida como Paralisia de Bell, afeta diretamente a musculatura da face, gerando impacto funcional, estético e psicológico. Neste post, vamos revisar as principais atualizações científicas de 2024 sobre diagnóstico e tratamento, com comentários práticos para fisioterapeutas e estudantes da área.


1. O que é a Paralisia Facial Periférica?

Trata-se de uma disfunção do nervo facial (VII par craniano), que compromete os movimentos voluntários da mímica facial de um dos lados do rosto. As causas variam, mas a mais comum é idiopática, seguida de infecções virais (como herpes simples), traumas e complicações pós-cirúrgicas.


2. Diagnóstico: o que mudou?

Segundo o artigo publicado na revista NeuroRehab Advances (2024), novas abordagens sugerem o uso combinado de:

  • Eletromiografia de superfície para análise do padrão de reinervação

  • Escalas de avaliação facial digital (baseadas em IA) que permitem acompanhar a evolução com maior precisão

Comentário clínico: a avaliação objetiva ajuda a planejar a conduta fisioterapêutica com mais segurança, definindo o prognóstico logo nas primeiras semanas.


3. Intervenções fisioterapêuticas mais eficazes em 2024

O estudo de revisão de meta-análise de Lin et al. (2024) destaca os seguintes recursos como os mais eficazes:

  • Terapia miofuncional orofacial com biofeedback

  • Exercícios espelhados (mirror therapy)

  • Estimulação elétrica de baixa frequência nos primeiros 15 dias

  • Técnicas de terapia manual para relaxamento e controle da dor associada

Dica prática: combine exercícios de mímica facial com feedback visual e sons fonéticos, estimulando a coordenação neuromuscular.


4. Importância do início precoce da fisioterapia

Estudos reforçam que iniciar o tratamento fisioterapêutico ainda na fase aguda (até 72h do diagnóstico) está associado a menor tempo de recuperação e menor risco de sequelas como sincinesias.


5. Quando encaminhar para reavaliação médica?

  • Ausência de melhora após 21 dias

  • Presença de outros sinais neurológicos

  • Dor intensa ou bilateralidade

  • Sinais de infecção ativa


Conclusão

A atualização constante do fisioterapeuta é essencial para oferecer um tratamento eficaz e baseado em evidências. A Paralisia Facial Periférica, quando bem manejada, pode ter uma recuperação completa em poucas semanas.

Você já atendeu um caso parecido? Compartilha sua experiência nos comentários ou envie sugestões de temas para os próximos posts!


Fontes:

  • Lin, T. et al. (2024). Facial Nerve Palsy: Systematic Review and Meta-Analysis. NeuroRehab Advances.

  • Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional – Diretrizes 2024.


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