Fratura de Diáfise de Úmero: Entenda a Lesão e o Papel da Fisioterapia na Recuperação
Fratura de Diáfise de Úmero: Entenda a Lesão e o Papel da Fisioterapia na Recuperação
As fraturas de diáfise de úmero são lesões frequentes no cotidiano dos profissionais de saúde, especialmente na ortopedia e fisioterapia. Elas podem resultar de traumas diretos, quedas ou acidentes de alta energia. A recuperação adequada exige um protocolo fisioterapêutico bem estruturado, essencial para restaurar a funcionalidade e prevenir complicações.
Neste artigo, vamos explorar o conceito da fratura de diáfise de úmero, seus tratamentos e como a fisioterapia pode ajudar no processo de reabilitação, detalhando um protocolo prático.
O que é a Fratura de Diáfise de Úmero?
A fratura de diáfise de úmero ocorre na parte média do osso do braço, entre a extremidade proximal (que se articula com o ombro) e a extremidade distal (que forma parte do cotovelo). Essa região é vulnerável, especialmente em impactos diretos.
As fraturas podem ser classificadas de acordo com:
- Tipo: Transversal, oblíqua ou espiral.
- Deslocamento: Fraturas com ou sem desvio.
- Exposição: Fechadas ou abertas.
Além disso, é importante considerar a proximidade do nervo radial, que pode ser lesionado em até 12% dos casos, resultando em déficits como a mão caída (incapacidade de extensão do punho).
Tratamento Inicial: O Papel da Imobilização e Cirurgia
O manejo inicial pode envolver:
- Tratamento Conservador: Para fraturas sem desvio significativo, utiliza-se imobilização com órteses funcionais ou gesso.
- Tratamento Cirúrgico: Indicado para casos de desvio grave, lesão do nervo radial ou instabilidade. Geralmente, utiliza-se fixação interna com placas, parafusos ou hastes intramedulares.
No entanto, independentemente do método, o sucesso depende de uma reabilitação fisioterapêutica bem conduzida.
A Importância da Fisioterapia na Recuperação da Fratura de Diáfise de Úmero
A fisioterapia desempenha um papel indispensável na recuperação funcional após a fratura. O foco está em:
- Prevenir complicações secundárias: Como rigidez articular, dor crônica e atrofia muscular.
- Restaurar a amplitude de movimento (ADM): No ombro, cotovelo e punho.
- Reforçar a musculatura: Promovendo estabilidade e força ao membro superior.
Protocolo Fisioterapêutico Detalhado
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Fase Inicial (Imobilização – 0 a 4 semanas):
- Objetivo: Controlar a dor, minimizar edema e prevenir atrofia muscular.
- Técnicas:
- Crioterapia para analgesia.
- Exercícios isométricos suaves para musculatura do ombro, braço e antebraço.
- Mobilização ativa dos dedos e punho para evitar rigidez.
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Fase Intermediária (Pós-imobilização – 4 a 8 semanas):
- Objetivo: Recuperar a mobilidade articular e iniciar fortalecimento.
- Técnicas:
- Mobilização passiva e ativa assistida do ombro e cotovelo.
- Alongamentos progressivos para restaurar a ADM.
- Exercícios resistidos leves com elásticos ou halteres de baixa carga.
- Fortalecimento do manguito rotador e estabilizadores escapulares.
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Fase Avançada (8 a 12 semanas):
- Objetivo: Recuperar força total, estabilidade e funcionalidade.
- Técnicas:
- Exercícios resistidos progressivos para ombro, braço e antebraço.
- Treino proprioceptivo e funcional, simulando atividades do dia a dia.
- Terapias manuais para liberação de aderências, se necessário.
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Fase de Retorno às Atividades (A partir de 12 semanas):
- Objetivo: Retomar atividades esportivas ou laborais específicas.
- Técnicas:
- Treinamento avançado de força e resistência.
- Reintegração gradual às demandas funcionais do paciente.
Considerações Finais
A fisioterapia na fratura de diáfise de úmero é essencial para restaurar a funcionalidade completa do membro afetado. A aplicação de um protocolo personalizado, adaptado às condições e necessidades do paciente, garante resultados mais efetivos e seguros.
Seja no consultório ou na clínica, é papel do fisioterapeuta guiar o paciente durante todo o processo, garantindo não apenas a recuperação física, mas também a confiança e qualidade de vida.
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